João
Pessoa/PB – A Polícia Federal deflagrou, na manhã de hoje (09), a operação
Squadre, na qual cerca de 400 policiais federais estão dando cumprimento a 45
mandados de prisão, 11 conduções coercitivas e 19 mandados de busca e apreensão,
totalizando 75 medidas judiciais, em sua maioria na região metropolitana de João
Pessoa.
A
Operação tem o objetivo de desarticular grupos de milicianos, compostos por
integrantes de forças policiais locais e particulares, que atuavam em todo o
estado, realizando segurança privada clandestina com emprego de mão de obra
não-habilitada, despreparada e portando armamentos
ilegalmente.
Durante
a investigação das organizações criminosas desarticuladas constatou-se, ainda, a
prática de diversos crimes, dentre os quais o tráfico ilícito de armas, lavagem
de dinheiro, extorsão, corrupção e a atuação de um grupo de
extermínio.
Entre
os presos na Operação Squadre estão integrantes de três diferentes
milícias.
A
primeira é composta por policiais militares, policiais civis, um agente
penitenciário e particulares, que atuavam como “grupo de extermínio”,
principalmente na região metropolitana de João Pessoa. As vítimas eram em geral
presos e ex-presidiários, executados em razão de “acertos de
contas”.
O
outro grupo era comandado por oficiais da Polícia Militar e realizava segurança
privada clandestina, bem como comércio ilegal de armas e munições, usando para
isso uma empresa em nome de “laranjas”. O grupo criminoso, que contava também
com o apoio de um Delegado da Polícia Civil da Paraíba, é investigado, ainda,
pela prática de crimes financeiros e lavagem de
dinheiro.
Outra
quadrilha de milicianos é formada por policiais civis, policiais militares e um
agente penitenciário, que atuava extorquindo traficantes de drogas, assaltantes
de banco e outros criminosos.
Os
três grupos criminosos estão interligados pelo tráfico ilegal de armas e
munições.
Cooperação
A
investigação, coordenada pela Polícia Federal com o apoio do Ministério Público
Estadual e da Secretaria de Segurança e Defesa Social da Paraíba, começou há
cerca de um ano e sua execução contou com a participação do COT (Comando de
Operações Táticas da Polícia Federal) e dos GPIs (Grupos de Pronta Intervenção
da Polícia Federal) de diversos estados.
As
provas obtidas no curso das investigações devem ajudar na elucidação de vários
homicídios praticados por todo o estado da Paraíba. Ações de Inteligência
permitiram, inclusive, evitar execuções que seriam praticadas pela milícia.
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