quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Polícia é investigada por tortura e corrupção no Sertão da PB; Fotos e áudio



Polícia é investigada por tortura e corrupção no Sertão da PB; Fotos e áudio
Relatório da Ouvidoria da Polícia da Secretaria de Segurança e Defesa Social do Estado, apontou a prática de corrupção na Polícia Civil e tortura da Polícia Militar, na Paraíba. O numero de denúncias dobrou em relação ao ano passado. 

Confira os dois últimos casos que estão sendo investigados.

PRIMEIRO CASO

O ex-presidiário Ronivon Gonçalves Leite, de 31 anos, faleceu na madrugada desta quarta-feira (08), no Hospital Regional de Cajazeiras. 

Ele que era pai de cinco filhos e morador do bairro Pio X, foi preso pela polícia durante a madrugada, acusado de tráfico de drogas. A família da vítima acusa a polícia de espancar Ronivon até a morte. 

Chorando, a mulher disse que pediu a polícia para não bater no seu esposo, pois ele era um homem muito doente. “Pedi: leve ele preso, mas não bata nele não. Ele tem problema de fígado, baço e coração. Não mate ele não, nós temos cinco filhos”. E as crianças estavam todas gritando: “não matem meu pai não”.
 
SEGUNDO CASO

Na noite deste domingo (5), em Campina Grande, o jovem de 27 anos, Tiago Moreira, segundo a direção do Hospital Doutor Edgley, chegou morto á unidade. 

A esposa da vítima, Alessandra Alves, disse que Tiago Moreira teve uma crise de abstinência de drogas e acabou invadindo a casa de um policial para pedir ajuda. A casa do PM fica a menos de 30 metros da casa da vítima. Lá, segundo Alessandra, ele teria sido espancado e assassinado. A família denuncia que doze policiais agrediram a vítima, mas o comandante negou a acusação. 

Foto: Leonardo Silva
De acordo com o comandante do 2º Batalhão da Polícia Militar, tenente coronel Souza Neto, o policial e a esposa dele foram agredidos por Tiago e chamaram reforço policial para conter o rapaz.

A Delegacia de Homicídios de Campina Grande recebeu nesta quarta-feira (8) o laudo preliminar da morte do jovem supostamente espancado por policias militares. De acordo com a delegada Cassandra Duarte, o laudo feito pelo Núcleo de Medicina Legal (Numol) confirma que o corpo tinha marcas de agressão e escoriações graves, mas elas não são apontadas como a causa da morte.

Crédito: Álbum de família

"Vamos esperar pelo laudo final, que deve chegar na semana que vem", disse. O laudo final, segundo ela, terá fotos do corpo e o resultado da autópsia. Ele será utilizado no inquérito policial, que deve ser concluído em 30 dias.

A Comissão dos Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Campina Grande pediu o afastamento dos policiais envolvidos na polêmica.

Lunara Moreira
Folhadosertao

 

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